Marina Feldman, fugitiva da selva de pedra de Curitiba, tenta a sorte nazaméricas.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
POESIA
Eu queria escrever poesia. Ai, como queria. E minha cabeça fervilha de versos. Em tudo vejo poesia. O mundo é poesia. Tudo, tudo, tudo mesmo. Mas no papel, nada flui. Tudo vira história, texto, contexto histórico. Tudo vira retórica. Quero escrever uma poesia, não uma tese. Quando eu era pequena escrevia poesias. No meu quarto, escondida, quando estava triste ou brigava com a minha mãe. Escrevi mesmo poesias de amor. Eu que nem sabia o que era o amor. E agora cresci, li, estudei, aprendi a amar (será?). Mas desaprendi a escrever poesia. Esfriei. Será que foram meus sonhos que se desmontaram, quando bateram de frente com a realidade? Será que o mundo real levou meu dom pra poesia? Agora não sei mais voar, antes eu sabia.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
cara, vc é linda!
Baby, tua prosa é pura poesia...
Quem fala é a mami!
Postar um comentário